A vinda da família Piovesan ao Rio Grande de São Pedro do Sul.

Segundo Pistóia (1999), a história mais remota das raízes da arvore genealógica da família Piovesan, tem origem nos montes Vêneto da região norte de Verona, onde se encontram um pequeno povoado chamado Piovezzano, distante cinco e meio quilometro das margens do poético lago de Garda Benaco. Essa hipótese de o clã provir da península vem colaborando pela fisionomia, cor do cabelo e dos olhos dos descendentes que ostentavam considerável carga de sangue germânico.

No entanto a família de Giuseppe Piovesan saiu da região do Vêneto, que fica situada no nordeste da Itália, fora da Península Itálica onde se localiza o contorno norte do mar Adriático (uma vasta planície entre os Alpes e a Laguna Veneta, onde estão as ilhas da cidade de Veneza e arredores).

Em Santa Cristina, moravam no segundo piso de uma casa onde, no térreo criavam ovelhas. “As casas eram construídas umas ao lado das outras, com falta de luz e pouca ventilação, os hábitos de higiene eram escassos e o lixo se acumulava nas ruas estreitas. As casas dos mais pobres eram construídas de duas peças, acrescida de uma estrebaria. Quando os invernos eram muito rigorosos, era costume passar todo o tempo junto aos animais, para poder se aquecer. Com isso a saúde, em contato com o bafo dos animais torna-se precária”. (Righi, 2001).

“A alimentação era pobre, baseada exclusivamente em cereais e hortaliças com alguns produtos derivados do leite. A polenta constituía a base do almoço e era sempre acompanhada de nabos, batata, feijão e repolho. O peixe era escasso, o mesmo ocorrendo com as bebidas, exceto os vinhos”. (Righi, 2001).

Da mesma forma que varias famílias da região do Vêneto, Giuseppe Piovesan, viúvo decidiu vir para o Brasil juntamente com os filhos Luiggi (25 anos) e sua esposa Elizabetha da mesma idade e seu filho Giuseppe, neto com 6 meses, Ângelo (18 anos), Luiggia (16 anos), Giovanni Marco (14 anos), Ângela (12 anos) e Maria (9 anos). Zarparam em 21 de dezembro de 1887, do Porto de Genova, Embarcaram no Vapor Adria e chegaram em Ilha das Flores no Rio de Janeiro em 15 de janeiro de 1888,dali saíram em 10 de fevereiro de 1888 rumo ao Rio Grande do Sul (o estado de posição mais meridional do Brasil). Ficaram 26 dias no Rio de Janeiro a espera de sua bagagem que havia sido extraviada. Foram então aconselhados a prosseguir viagem chegaram a Porto Alegre (capital do Rio Grande do Sul) em 19 de fevereiro de 1888 e sobem o Rio Jacuí até a margem do rio Taquari onde apanham um trem até a estação colônia, hoje Camobi. Com o transporte muar do governo sobem a Silveira Martins e se alojam em barracões depósito de imigrantes junto à praça da comissão de terra dessa ex-colônia.

Foto da família de Giovanni Marco na ocasião do casamento de Antonio e Elizabeth

Foto da família de Giovanni Marco na ocasião do casamento de Antonio e Elizabeth

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