Bem vindos

Viver e conviver com a Família Piovesan é uma dádiva de Deus. Assim comecemos dando graças por pertencer a esta família.

Lembrando que não é por acaso que a palavra graça tem dois significados: viver assim é divertido, engraçado e é bom, e conviver com esta gente é uma graça de Deus.

O que nos une e nos distingue, nessa Grande Família é o barulho causado pela ânsia de viver intensamente cada momento que a vida nos propicia. Por isso não separamos a vida da religiosidade. O nosso patriarca não separava o religioso do profano, para ele tudo na vida era sagrado. Cantar na igreja ou numa festa são formas de louvar o criador.

Por ocasião da festa dos Piovesan em 2000, ainda no século passado, foi lançado um livro com a genealogia da família de Giovanni Marco, nosso bisavô. Ainda na festa conversei com alguns, dentre os quais o Abílio, o tio Pio, o meu pai Lino e alguns primos que seria interessante escrever um livro com “as histórias da famiglia”. O dia a dia, a forma de interpretar e contar a vida.

Os “causos”, que não são estórias e sim histórias, contadas com as mais variadas interpretações. Neste particular a família do Antônio o Toni, em especial ele e seus filhos, sempre gostaram de histórias, às vezes contadas com exageros, mas sempre com a melhor das intenções. São elas que tornam a vida mais leve, mais divertida, enfim, mais gostosa de viver.

Cresci ouvindo o tio Achiles e o tio Lino (meu pai) contando histórias. Depois ouvi o Nôno Toni, o tio Pio, o tio Abel, as tias e finalmente criamos coragem a Silvia e eu para começar a escrever, isso já em 2010.

Começamos coletando informações com os tios, depois os vizinhos mais velhos do Nôno Toni, depois algumas pessoas que conviveram com ele ou com nossos pais e tios.

Enquanto a Silvia pesquisava dados da imigração, entrevistava pessoas em Nova Palma e pelo mundo a fora, que serão colocados, sempre que possível, como diálogos. Eu comecei a me dedicar a escrever histórias. Partindo de algum fato engraçado, contado por um primo ou vizinho ou de alguma história que ouvi de meu pai, de algum tio ou do Nôno, comecei a tentar recompor o dia a dia. Aquela história que normalmente não vai para os livros de história, mas para os de ficção.

Portanto, este livro até pode, em alguns momentos, parecer ficção, mas, podem crer, sempre baseada em fatos, e é claro contada pela visão de contadores de histórias, a tão falada história oral, que pode misturar personagens, se perder nas datas, mas sempre preservando a graça de viver.

Desta forma, agradeço àqueles que colaboraram ou inspiraram as histórias que vem a seguir, e posso falar também pela Silvia, que escreveu quase toda a parte histórica dos Tios e do Nôno. Temos certeza que muita coisa ficou para trás, mas este é um começo e não um fim de nossa história.

A saga continua e cada um que ler estas páginas poderá nos contactar para dar mais vida e talvez continuar o segundo volume do “Livro encantado da famiglia Piovesan”.

 

Liceo Piovesan